Parede, Ministério dos Livros, 2010.
Dia do lançamento: 4 de Junho na Casa da Cultura de Mira Sintra.
DA CONTRACAPA (pormenor):
UM POEMA DO LIVRO
II – SEM BILHETE
(XIII—VII—2006)
Viajo
Num comboio vazio,
Sem bagagem e sem bilhete…
Repudio o quotidiano
E fujo do revisor imprevisto!
Viajo
Num comboio atrasado
Sem que eu tenha memórias,
Sem que eu tenha medo…
Da vida passada e do revisor
Que há-de por fim aparecer.
Viajar até poder!
Ser apanhado pelo passado
E apanhado pelo revisor.
Resistir até ao fim,
Até à paragem inexistente.
Viajar sem limites!
Contra o desejo de evasão,
Pouco pode o dia-a-dia.
A vida cansa e aborrece
A alma que é livre.
Por isso, querer dormir
E viajar sem bagagens
Pelas colinas do sonho…
Surge um comboio da Escuridão,
E eu vou apanhá-lo.
Hei-de viajar para lá de tudo
E continuamente fugir:
Da vida que cansa e aborrece;
Para sempre fugir
Daquele que for revisor.
Viajar:
Ter sonhos sem amarras.
Viajar —
E suster o amor
Na rosa que não murchar.
(pp. 16-18)
TEXTO DA APRESENTAÇÃO DO LIVRO
da autoria de Joaquim Mendes
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APRESENTAÇÃO DO LIVRO
No dia 4 de Junho, pelas 18h30, foi apresentado na Casa da Cultura de Mira Sintra o quinto livro de poesia de Sérgio Franclim: Eterno Viajante.
A sessão iniciou-se com a declamação de um poema do livro (As Metafísicas Tabernas) pela professora Isabel Cardoso.
A sessão contou com a presença na mesa (da esquerda para a direita) do professor Joaquim Mendes (que apresentou o livro), do autor, da Dra. Albertina Santos (a representar a Junta de Freguesia de Mira Sintra, que apoiou a edição do livro), e da editora Maria João Costa.
A apresentação foi encerrada com uma sessão de autógrafos pelo autor.